Que vontade de navegar!
Queria tanto ter um navio
E poder lançar-me ao mar.
Mas só jangada. Só ao rio…
Que seja então da nascente!
Não sou mais que ninguém,
Começarei como toda a gente:
Sem nada, para chegar a cem.
Terei de arranjar tripulação.
Sozinho a barca cairá,
Não verei sequer camarão.
Então que marinheiro virá?
Ah! Que não sejam demorados
Que este pirata quer velejar!
Mas não se dêem por enganados,
Que isto não é para brincar!
Tempestades que virão,
Sangue que será derramado,
Mortes que vão deixar emoção
E cá estarei eu, vosso amado.
Chegaremos ao fim do horizonte,
Marcados de morte e agonia.
Mas ficará bandeira nesse monte
E seremos imortais, tal como queria…
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