Quero ser tudo e ainda sou nada.
Sou meras palavras escritas,
Sons que saem pela boca.
Nesta sociedade enganada,
Apodrecem-se-me as ideias estritas.
A minha mente torna-se oca.
Mas o meu corpo intelectual,
Cheio de sementes do Demónio,
Começa a dar o fruto proibido.
Encho-me de novo do não usual,
Passam mensagens por cada neurónio.
O meu ser torna-se bem sucedido.
É hora de sair desta prisão,
Aprender o que não sei,
Ir além do limite do possível.
Desvendarei a escuridão
E dela tornar-me-ei rei.
Rei de um mundo invisível.
Tudo é nada onde moro agora.
Aqui não vêm a realidade.
Contentam-se com o que está.
Mas eu viajarei lá para fora,
Procurar o invisível à humanidade.
O infinito chama-me para lá.
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