Começarei pelos olhos. Certamente são eles que nos permitem olhar para o mundo e ter uma primeira vista de onde estamos. Mas os olhos não são todos iguais: variam de um para outro. Uns vêm mais desfocado, outros mais focado, apesar de a focagem poder não ser a vista mais real. Mas como disse, é com eles que podemos tirar alguma conclusão com a mente, cérebro, espírito, o que quer que considerem. São os olhos e todos os outros aparelhos que nos permitem receber informação do universo em que estamos. É a única forma de nos podermos relacionar com algo que poderá ser próximo ou não da realidade.
Mas essa matéria que te permite pensar, reflectir, ir a pormenores detalhados é que te permite distinguir dos outros com um valor superior. Tão superior, que podemos até desprezar um pouco os sentidos por vezes. No entanto, apesar da sua grandeza, são poucos os que usam as suas capacidades minimamente: neste mundo, esta sociedade humana, que desenvolveu a capacidade de pensar, deixou de o fazer decentemente.
Soluções para isto? Certamente há uma percentagem muito reduzida que se arredondarmos o valor chegamos a 0% da população. Esta percentagem consegue usar a cabeça e pensar no que está mal, no que está errado, no que o Homem tem feito, no que devia fazer, no que não devia fazer. Aponta, faz uma lista. Acaba por criticar e dizer que está mal, está mal, está mal... Mas esta percentagem não interessa assim muito. No fundo usam as capacidades que todos nós temos para o mínimo. Apenas uma parte deste conjunto de pessoas (valor ainda mais reduzido) consegue alterar o mundo para melhor.
Ora então: temos cerca de 100% de uma população de alguns biliões que não usa a cabeça para nada, não pensa, apenas estraga, destrói, dificulta a vida de outras pessoas, etc.; cerca de 0% da mesma população consegue pensar e vê (sem ser com os sentidos) aquilo que se passa neste mundo; desta última, uma minoria actua, sugere soluções, tenta implementar regras morais à sociedade que se esqueceu delas, etc.
Digo agora: somos poucos, muito poucos até, mas somos nós que vamos mudar o mundo para melhor. A Evolução não consiste num único passo: não passámos de macacos para Homem. A Evolução consiste por exemplo numa mutação. Nós somos os mutantes com as características melhores. Com o passar do tempo este “gene” irá passar por várias pessoas. Seremos apenas os primeiros e um dia a população terá 1% que pelo menos usa a capacidade de pensar.
Por isso digo: quem se sente sozinho, contagie as boas ideias a outras pessoas; por pouco que seja o nosso poder no mundo, são pequenas acções que nos farão crescer em número. E não tem mal ver o que está mal. Tem mal é não agir. É preciso que esta sociedade se una por uma mesma causa e não se ataquem uns aos outros. Volto a dizer: pequenas acções fazem a diferença!
Resposta a esta parte do blog do Dull Poet:
http://thedullpoet.blogspot.com/2011/02/too-blind-not-to-see-pt3.html
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