04 janeiro 2015

Mal Adormecido



Devaneando sobre nuvens escuras
Observáveis por órbitas lunares.
Pesadas, escondem torturas.
Densas, bloqueiam tantos mares.

Acções perdidas no seu cansaço.
Evapora-se o tempo de luz ausente,
A nada permitindo o que faço.
Realidade tornada inexistente.

Fraco e forte me recrio vivo e morto,
Descansando enquanto me canso.
Tal paradoxo me retira o conforto,
Sou em simultâneo bravo e manso.

O desnível destabiliza a (des)mente.
Ansiedade por acordar da realidade,
Enquanto os sonhos orbitam em frente.
Tal força torna-se fragilidade.

Fraco, mantenho-me acordado,
Faço frente ao sonho real.
Sem força, como se anestesiado,
Cai-me das mãos este Ideal.

Nada suporto, tudo se vai.
Com fraca força a tempo inteiro,
Serei eu o próximo que cai?
Ou fechar-se-ão os olhos primeiro?

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