Quando tentamos acabar com um Mal,
Este faz-se de outros Bens acompanhar.
Terá assim algum benefício final?
Será preferível deixar um malefício respirar?
Cada caso será o seu e de mais nenhum.
Mas deveremos extinguir aquilo que não queremos,
Cortando a raiz, eliminando os frutos de mãe comum?
É o Tudo ou Nada. É aquilo que escolhemos.
O Tudo deixa-nos o Nada; deixa o oco.
Uma fenda no mundo que não é ocupada de Mal nem Bem.
O Nada deixa-nos o Tudo; bom, mau, de tudo um pouco.
Uma casa cheia de doces e salgados; azedos também.
Então porquê arrancar a raiz e sem nada ficar,
Quando se pode retirar o fruto com tumor,
Ou apenas o ramo que lhe deu origem cortar?
A escolha de ficar sem nada é para os que têm temor.
Os que escolhem ficar sem nada estão a desistir.
Decidem terminar com tudo, estando o Bom incluído.
É simplesmente uma maneira de fugir.
Preferem que o silêncio substitua o anterior ruído.
Os outros escolhem a mais difícil opção.
Procuram os frutos indesejados para da planta retirá-los,
Sem que seja necessário retirar o coração.
Escolhem ultrapassar os obstáculos e não esquivá-los.
Dedicado a uma amiga há uns tempos, achei que o devia colocar aqui. Reflictam um pouco sobre o que escrevi.
Se olharmos para o chamado Horizonte conseguimos definir uma recta horizontal. Ora, sendo uma recta, não tem limite e, tal como não podemos conhecer o seu fim, não sabemos o que há depois da recta. O Horizonte divide-nos do que está mais longe. É preciso que nos aproximemos desta divisão e a tentemos ultrapassar. Só assim alcançamos o mais profundo dos segredos. O Infinito Horizontal foi criado para ultrapassar o grande Horizonte de um Universo Infinito.
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