Quando tentamos acabar com um Mal,
Este faz-se de outros Bens acompanhar.
Terá assim algum benefício final?
Será preferível deixar um malefício respirar?
Cada caso será o seu e de mais nenhum.
Mas deveremos extinguir aquilo que não queremos,
Cortando a raiz, eliminando os frutos de mãe comum?
É o Tudo ou Nada. É aquilo que escolhemos.
O Tudo deixa-nos o Nada; deixa o oco.
Uma fenda no mundo que não é ocupada de Mal nem Bem.
O Nada deixa-nos o Tudo; bom, mau, de tudo um pouco.
Uma casa cheia de doces e salgados; azedos também.
Então porquê arrancar a raiz e sem nada ficar,
Quando se pode retirar o fruto com tumor,
Ou apenas o ramo que lhe deu origem cortar?
A escolha de ficar sem nada é para os que têm temor.
Os que escolhem ficar sem nada estão a desistir.
Decidem terminar com tudo, estando o Bom incluído.
É simplesmente uma maneira de fugir.
Preferem que o silêncio substitua o anterior ruído.
Os outros escolhem a mais difícil opção.
Procuram os frutos indesejados para da planta retirá-los,
Sem que seja necessário retirar o coração.
Escolhem ultrapassar os obstáculos e não esquivá-los.
Dedicado a uma amiga há uns tempos, achei que o devia colocar aqui. Reflictam um pouco sobre o que escrevi.
Se olharmos para o chamado Horizonte conseguimos definir uma recta horizontal. Ora, sendo uma recta, não tem limite e, tal como não podemos conhecer o seu fim, não sabemos o que há depois da recta. O Horizonte divide-nos do que está mais longe. É preciso que nos aproximemos desta divisão e a tentemos ultrapassar. Só assim alcançamos o mais profundo dos segredos. O Infinito Horizontal foi criado para ultrapassar o grande Horizonte de um Universo Infinito.
30 dezembro 2009
17 dezembro 2009
O Homem de hoje
Cheira a podre carne que por estes lados passa.
De um lado para o outro, com o tempo apodreceu.
Mas não deixou um caminho feito só por desgraça,
Pois que em tempos foi grande sabor do apogeu.
Mas a podridão alastra-se e por onde passa permanece.
Cobriu os trilhos dos que primeiro vieram marcar o mundo,
Cujas marcas são agora o sal que na água não parece.
Cheira mal e não é comestível: bateram no do poço fundo.
Morreram e mataram. Nada ficou. Lá se foi a Igualdade;
A procura da Verdade; a partilha e a honestidade.
Por baixo do nada fica enterrado o tudo, até um dia!
Que uma nova razão apareça e procure a do Homem magia...
De um lado para o outro, com o tempo apodreceu.
Mas não deixou um caminho feito só por desgraça,
Pois que em tempos foi grande sabor do apogeu.
Mas a podridão alastra-se e por onde passa permanece.
Cobriu os trilhos dos que primeiro vieram marcar o mundo,
Cujas marcas são agora o sal que na água não parece.
Cheira mal e não é comestível: bateram no do poço fundo.
Morreram e mataram. Nada ficou. Lá se foi a Igualdade;
A procura da Verdade; a partilha e a honestidade.
Por baixo do nada fica enterrado o tudo, até um dia!
Que uma nova razão apareça e procure a do Homem magia...
02 dezembro 2009
Dar e Receber
O que sou eu? Sou esta coisa que... Não! Não sou esta coisa que os outros vêm! Apenas têm direito a observar o que sou e isso não basta. Porquê?! Na verdade não têm apenas esse direito, visto que lhes abro a porta e os convido a entrar no meu Eu!
Então... Não querem, não se interessam... Talvez uma sombra gelada não chame a atenção o suficiente para que queiram sequer espreitar à janela. Como pode uma sombra ter atenção na escuridão?! Misturo-me com ela desapareço no nada. Quem não estiver com atenção não me acompanha...
Ora, tenho aqui "atenção". Talvez seja difícil descobrir onde o meu Eu mora, talvez esteja pouco acessível... Mas conseguem acompanhá-lo! Apenas não se interessam com nada do que de mim deriva... Mas porquê?! Talvez deva deixar de oferecer tudo em troca de nada... Mas como?
Sou um pouco como o Pai Natal, scom a diferença de que não ofereço presentes sólidos... Ofereço apoio e ajuda em troca de um sorriso... Então parece que recebo algo em troca... Um sorriso... Ou vários... Isso vale assim tanto? Se vale tanto e recebo tal coisa em troca, então porque é que ninguém se concentra em mim e me segue até casa? Porque é que abro as minhas portas a janelas mas ninguém está lá fora para me fazer companhia?
Um sorriso vale mesmo tanto?... Começo a pensar que há vários tipos e só recebo dos comprados nas lojas dos trezentos... Daqueles que se oferecem a qualquer um, só para dizerem que retornaram o favor... Esses não valem nada! Esses saem instantaneamente e nem esforço tiveram. Pois por esses não compensa o que ofereço!
Então como distingui-los? O olhar! Se não me olham, então não valem nada! Se me olham directamente para a cara, então estão concentrados em mim, e se sorrirem será especialmente para mim.
Esses valem! A esses dou tudo! E continuarei! Até ao dia em que me tornar invisível...
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