04 janeiro 2012

Julgamento

Chegou o momento de encarares a verdade. Serei eu a dizê-la. Serei eu a julgar-te, porque ninguém te conhece melhor do que eu. E porque já não aguento este nojo que tenho de ti, aqui vai a mensagem que tenho:

És uma pessoa inútil! Falas sobre os outros no meio de um silêncio obscuro, que ninguém se apercebe de que és tu que estás a dominar. Mas dominar o quê?! Não dominas nada! O único pensamento que passa nessa cabeça é que “consigo fazer melhor”. Essa tua ideia mais repetida que um ciclo infinito, sempre quando vês algo que não fizeste. Sabes o que isso é? Não passa de inveja! Não passa de vergonha de ainda não teres chegado aos calcanhares de outros!

Queres ter glória… Ser uma boa pessoa… Até isso ainda nem conseguiste ser! Não fizeste nada dessa vida até agora! Deixas tudo por acabar! Desistes sempre! Indivíduo fraco… Insistes em confiar em sonhos… Até não é mau, não. Mas não basta acreditar neles! Metes-me nojo que tenhas tantos e afirmes por aí que os vais realizar e no final de contas os que te rodeiam ainda fazem mais que tu sem sequer terem sonhado! Inútil!

Como pode haver alguém que seja tão triste como tu? Triste em diversos sentidos! És triste porque nem consegues ter o mínimo sucesso no que quer que seja! Triste, porque tentas mostrar-te forte e não passas de uma criança a fingir que não tem problemas! Ignorante! És triste, porque vives só e tentas mostrar que estás bem, que não precisas de ninguém, quando sabes que só vives à conta de outros! Por mais que o escondas, bem vejo que queres atenção. Queres ser desesperadamente o centro de algo…

Aí te falta o seres boa pessoa! Se fosses decente talvez tivesses gente ao teu lado! Talvez não estivesses constantemente a precisar de um empurrão de um desconhecido que por acaso meteu conversa contigo! E mesmo assim deixas que um empurrão positivo te empurra para o chão! E quem tem a culpa?! Lamento, mas não foi a outra pessoa, como responderias. É tua! Tua! Apenas tua! És tu que as afastas e tentas ser uma vítima da sociedade!

Tenho pena de ti. Muita pena. E sei bem como te magoa que tenham pena de ti. Faz-te sentir ainda mais inútil não é? As tuas desculpas ao teu insucesso… Arranjas sempre algo para culpar… Mas nunca decidiste culpar o teu carácter! Essa tua maneira de ser que não te deixa fazer nada! E não penses que isto é outra possível desculpa. O teu carácter é tua responsabilidade, portanto a culpa continua a ser tua!

E depois disto, gostava seriamente que mudasses essa tua atitude. Tu compreendes no fundo o que te quero dizer, por mais que te magoe. Sou o teu único verdadeiro amigo, aquele que te conhece completamente. Por isso mesmo fui directo. E assim continuarei a ser. Sei bem o efeito que tem um sermão em ti. Infelizmente não havia mais ninguém para to dar. Felizmente cá ando eu, o teu espelho.

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