As pessoas podem sempre escolher
Entre um caminho e outros tantos
Podem optar por caminhar ou correr,
Ir em silêncio ou ir aos cantos.
Cada um escolhe. Uma única vez.
Infinitas vezes até à sua mortalidade.
Escolhe agora e para ver o que fez
Mal tem tempo, pois existe continuidade.
Para muitos, as opções são poucas.
Não abrem os olhos o suficiente...
É pena, pois de gritar estão roucas,
As várias soluções que ninguém as sente.
Falo por mim quando vejo tanto caminho,
Sem saber qual escolher primeiro.
Tanto para escolher. Por mim. Sozinho.
Mas sempre gostei de ser aventureiro.
Uso a mente para traçar o meu destino,
Uso os sentidos para ajudar no que é bloqueio.
Escrevo a minha rota com um rasto fino,
Para evitar mais poeira durante o meu passeio.
E em cada passo vejo um sonho perdido,
Que guardo no bolso, com entusiasmo.
A presença de cada um torna-me incendido
E passo a sonhar, sofrendo um doce espasmo.
Percorro assim a minha vida irregular
Recolhendo pesadelos de outrem
Deixados para trás por suas vidas dificultar.
Encho-me de sonhos. Até o que não convém.
No fundo quero apenas que desapareçam.
Quero realizá-los, trazê-los ao mundo.
Não deixar que assim pereçam,
Sem deixar a marca neste solo imundo.
Que adubem e fertilizem estas rotas,
Que tantos perdidos traçam.
Que os direccionem às não-derrotas,
Tornando belos os caminhos por onde passam.
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