Balança com ruído
a cadeira,
Presa ao ambiente
de seco som,
Acompanhada pela
velha madeira,
Chão usado que
acrescenta um tom.
Escolhe esta sala
o silêncio ruidoso,
Acolhido por
coração frio e fogoso.
Vazio que se vai
enchendo.
Aproximam-se os
interessados,
Medrosos, nunca
correndo.
Aproximam-se e
ficam sentados.
Há ainda quem
passe por fora,
Uns que se fartam
e vão embora.
Histórias e
cantigas soam no ar.
A multidão presta
atenção,
Atenta às palavras
a viajar.
Direcionam-se para
o coração.
E então o instante
é repetido,
Em que, da sala, todos
haviam já saído.
Esquecido o homem
orador,
Lembrada a palavra
inconsciente
Presente na sua
mensagem de amor.
Amizade a que tudo
faz frente.
Até no
esquecimento permanece
Pois se existiu já
não falece.
Volta a cadeira a
baloiçar,
Sabendo o seu
futuro desconhecido.
Bem sabe que há-de
alguém voltar,
Quando por acaso
se sentir perdido.
E um novo conto
servirá de abrigo,
Merecendo sempre
por ser amigo.
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