O tempo pára
agora.
De nada mais
interessa.
Segundo,
minuto ou hora,
Sem razões
para existir pressa.
As palavras
ganham acções.
Vão à força
da vontade,
De sonhos a
lições.
Torna
realidade.
A mim me
decido.
Caminhos já
escritos
Tornam-se um
livro corrido.
Cortinado de
passados meus ritos.
Olhos
sensíveis à mudança do mundo.
Ao meu redor
sou transformado.
O tempo
trava a fundo.
Longe, o
Passado.
Distancio-me
dele.
Tornei-me
instantâneo.
Sigo
palavras que aparecem nele,
No Livro que
me permite simultâneo.
Subo
montanhas que se edificam em frente.
Desço vales
aguçados abaixo de mim.
Vejo o Mundo
e aquilo que sente.
Um sobe e
desce sem fim.
Feliz vou,
instante.
Deixo rasto
no caminho,
Pista para
quem quer ir avante.
Não paro,
porque o tempo já parou.
Não importa
se acompanhado ou sozinho.
Mãos
doridas, pés cansados, continuo a escalar.
Se deslizo
continuo, pois não quero ser quem sonhou.
Quero
continuar a escalada, subir até poder tornar-me Luar.
E poder
parar de sonhar…