Mente suja,
impura. Amaldiçoada pelos constantes erros variáveis do passado. Permissora de
mistura de tempos; alucinada pelo que é real…
A
irrealidade do corpo, abstracto a todas as condições exigidas pela mente,
concreta e decidida; mas a degradação afasta os ouvidos das palavras, tal como
o corpo foge às ordens do cérebro comandante.
Revolução de
querer mandar; ou de não o querer. Fogem das suas funções, sem terem qualquer
motivo, pela razão de simplesmente o fazerem. Mas existe o que levou a tal
consequência. Existe a condição imposta previamente, que ressequiu as boas
ligações entre o corpo e a mente. Não por existir na memória, mas porque
alterou a relação entre tão bons antigos companheiros.
Falsidades
do passado… Coração enganado que levou ao esmagamento psicológico; mente que
quis ordenar mais do que ao que tinha direito, fez surgir tristezas emocionais.
Ciclo vicioso, não resolvido… Prolongado durante alguns anos, forçado sem ser
procurado e, como numa relação amorosa, um dia chegou ao limite, ao final…
E entretanto
não se têm relacionado… As amarguras do passado tocam-lhes ainda hoje. Cada vez
mais se torna difícil que se voltem a conjugar, numa combinação tão perfeita… E
os sonhos tornam-se poluídos, insistidos por mim, refutados por um dos dois.
Pois eu
sonho, um fracassa e o passado torna-se mais intenso, afastando-os ainda mais.
Pois devo parar de sonhar? Dar-lhes tempo para reconciliarem? Também eu me
torno fraco com isto… Éramos um forte… Dividimo-nos em três fracos… Degradação…